Monótono e imenso, o deserto do Saara só é entrecortado por pequenos rios, e também lá existem os oásis, único refúgio do viajante contra sede e fome.
O poderoso monarca da Abissínia atravessava um desses extensos areais, e de repente, viu uma palmeira, em cujas folhas resplandecia o orvalho, brilhante da natureza, e o rei disse: vinde ó gota adornar meu turbante, mas a gota negou.
Tempos depois, passava um venerável ancião, era monge, e ia pregar aos cristãos. Morto de sede, viu a gota, chamou-a e ela caiu-lhe, a refrescá-lo, nos seus lábios. Caiu porque representava ele um Ente Supremo que muitos homens não conhecem, mas cuja glória a natureza canta.